A capital baiana conta hoje com quatro mil, seiscentos e dezenove unidades imobiliárias disponíveis para venda, segundo pesquisa da Brain Inteligência Estratégica, empresa contratada pela ADEMI-BA (Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia) para analisar o mercado imobiliário baiano. De acordo com a pesquisa, o tempo médio para acabar todo o estoque de lançamentos imobiliários hoje disponível é de sete meses. “Esse número representa um estoque muito pequeno, podemos dizer que não temos mais o que vender e precisamos de mais lançamentos. Isso também demonstra que o nosso mercado está muito aquecido”, explica o analista Fábio Araújo.
De acordo com a pesquisa, apresentada nesta quinta-feira (22) para construtoras e incorporadoras associadas da ADEMI-BA, 81% das unidades disponíveis para venda foram lançadas há menos de 2 anos. Desse número, 60% do estoque são lançamentos que aconteceram há menos de um ano. Na Região Metropolitana, o número absoluto de unidades lançadas disponíveis é de oitocentos e sessenta e duas unidades.
Quando analisadas as tipologias disponíveis, os apartamentos Standard, com faixa de valor de R$350 mil até R$ 700 mil, apresentam a maior oferta (39,2%), seguidos dos apartamentos Studio/Loft/1 quarto (26,7%) e Econômico, com valores até R$ 350 mil (25,1%). Os apartamentos na categoria Luxo (entre 1,5 milhão e R$ 3 milhões) e Superluxo (acima de R$ 3 milhões) representam apenas 2,8% das unidades disponíveis, todas elas concentradas na região da Graça, Barra e Horto Florestal. “Produtos entre R$ 1,5 milhão e R$ 10 milhões venderam muito bem em Salvador, praticamente não temos mais estoque dessa tipologia”, explica Araújo.
A pesquisa também mostrou que o mercado baiano se apresentou mais aquecido do que a média nacional em 2023. O número de lançamentos no Brasil teve queda de 15%, quando a Bahia apresentou queda de 5%. O volume total de lançamentos foi de 6.630 unidades O Cluster 6, que abrange as regiões de Jaguaribe, Alphaville, Patamares, Stella Maris, Piatã e Itapuã, foi o que teve maior número de lançamentos na capital baiana.
Analisando o comportamento do consumidor, Fábio Araújo destacou que o índice de confiança vem melhorando. “Existem três coisas importantes que aconteceram no ano passado que se refletiram na melhora do índice de confiança: a queda do desemprego, que entrou em seu melhor índice dos últimos dez anos, aumento da renda real em cerca de 4,5% e o programa de redução do endividamento do Governo, que eliminou R$ 130 bilhões em dívidas para a camada mais pobre da população”.
Para Cláudio Cunha, presidente da ADEMI-BA, todas as variáveis que envolvem o mercado imobiliário se mostram melhores do que o ano passado. “A inflação caiu mais da metade e tende a chegar abaixo dos 10% neste semestre, o IGPM vem apresentando um bom índice, o IPCA vem caindo, tivemos em 2023 um crescimento de 56% de financiamentos imobiliários, depois de muitos anos em queda. Estamos confiantes de que o ano de 2024 será ainda mais promissor para o setor imobiliário”.