Rodoviários do transporte metropolitano anunciam greve a partir de amanhã

Quem depende do transporte público na Região Metropolitana de Salvador (RMS) enfrenta um dia de apreensão, em razão do anúncio dos rodoviários de paralisação por tempo indeterminado, a partir desta terça-feira (28). A greve deve impactar na rotina não só de moradores de municípios como Lauro de Freitas, Camaçari e Simões Filho, mas daqueles que vivem na capital baiana.

Em nota à imprensa, o presidente do Sindmetro, Mário Cléber Costa, informou que a greve, por tempo indeterminado, foi decretada no último dia 16. O aviso de paralização, assinado pelo Sindmetro e pelo Sindicato dos Rodoviários do Estado da Bahia, se refere à decisão de paralização de trabalhadores das empresas: Avanço Transportes (dos municípios de Lauro de Freitas, Candeias, Madre de Deus, São Francisco do Conde, Santo Amaro, Simões Filho e Camaçari), Expresso Vitória (Lauro de Freitas e Camaçari), Atlântico Transportes (Camaçari, São Sebastião do Passé, Linha Verde, São Francisco do Conde e Mata de São João), Cidade Sol (ônibus elétricos das cidades de Salvador e Simões Filho), ATP Transportes (Camaçari).

Segundo a categoria, o motivo da greve é a rejeição da proposta de reajuste e outros itens da pauta da Campanha Salarial dos Rodoviários Metropolitano 2025 pelos empresários da Abemtro/Sintran. O sindicato convocou os trabalhadores rodoviários para uma assembleia, nesta segunda-feira (27), às 15h, na sede da entidade, para preparação da greve e/ou aprovação de possível proposta das empresas.

Outro ponto que exerce forte influência sobre a decisão dos trabalhadores é a insegurança quanto à continuidade dos postos de trabalho. Segundo a categoria, a Associação das Empresas de Transporte Coletivo Rodoviário do Estado da Bahia (Abemtro) protocolou, no último dia 14, na Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transporte e Comunicações da Bahia (Agerba), documento anunciando a entrega de todas as linhas metropolitanas até o dia 15 de fevereiro.

Como argumento para justificar o encerramento das atividades, as empresas de transporte alegaram o impacto da concorrência com o transporte clandestino e da integração com o metrô e, para atenuar esse quadro, a proposta do empresariado é que o governo estadual assuma os custos do sistema metroviário, com a implantação de tarifa zero. A decisão, portanto, ocorre mesmo após assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).

Em dezembro do ano passado, o acordo que visa regularizar e conferir segurança jurídica à execução dos serviços de transporte intermunicipal de passageiros no estado foi firmado entre o MPBA e o Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) e da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transporte e Comunicações da Bahia (Agerba), com a Abemtro figurando como interveniente nas negociações. O TAC estabeleceu as condições para a continuidade dos serviços prestados pelas empresas de transporte intermunicipal até a realização do procedimento licitatório que definirá as novas concessões. 

Reprodução: Tribuna da Bahia

Foto: Romildo de Jesus

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