O Dia da Visibilidade Trans, neste ano, vai ser marcado pela realização da 2ª edição do Prêmio de Transativismo Paulett Furacão, que acontecerá nesta quarta-feira (29), das 17h às 19h, no Casarão da Diversidade, na rua do Tijolo, nº 8, Pelourinho, em Salvador. A iniciativa é da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), através do Centro de Proteção e Defesa dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (CPDD/LGBT), em parceria com o Fórum de Pessoas Trans e Travestis da Bahia e o Conselho Estadual de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Travestis.
O Prêmio de Transativismo Paulett Furacão foi criado pela Coordenação de Políticas LGBT da SJDH, em parceria com o Fórum TT da Bahia, e teve sua primeira edição realizada em 2024, no Museu Nacional da Cultura Afro-brasileira (Muncab). Mais de 80 lideranças, movimentos e instituições engajadas na pauta participaram da ação. O prêmio é uma homenagem a Paulett, uma emblemática liderança baiana do movimento de pessoas transexuais e travestis, reconhecida por sua luta incansável pela dignidade e pelos direitos da população trans.
“Essa premiação, que também comemora o Mês da Visibilidade Trans, celebra figuras políticas, instituições, organizações e lideranças do movimento social que, à semelhança de Paulett, dedicam suas trajetórias à promoção da igualdade, da inclusão e da defesa dos direitos humanos de pessoas transexuais e travestis, reforçando a importância do ativismo para a construção de uma sociedade mais justa e diversa”, afirma a coordenadora de Políticas LGBT da SJDH, Tifanny Conceição.
Mês da Visibilidade Trans
Janeiro é um mês dedicado a celebrar a visibilidade e a resiliência de pessoas transexuais e travestis. Conhecido como Mês da Visibilidade Trans, o marco tem raízes profundas na história da luta pelos direitos LGBT+. Originou-se do histórico Massacre de Stonewall em 1969, onde as pessoas transexuais, especialmente as mulheres trans negras, lideraram a resistência contra a brutalidade policial, marcando um ponto de virada na luta pelos direitos LGBTQIA+.
Ainda hoje, pessoas trans no Brasil, especialmente as mulheres trans e travestis, enfrentam um cenário de constante violação de direitos humanos, frequentemente motivada por preconceito e transfobia. O país, que ocupa o triste posto de ser um dos mais violentos do mundo para a população LGBTQIA+, tem registrado números assustadores de assassinatos, agressões e violações de direitos de pessoas trans.
Ranking de violações
A Bahia ocupa a terceira posição no ranking de violações de direitos contra pessoas LGBTQIAPN+, conforme o relatório 2022 da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra). Em resposta a essa realidade, o Estado, em parceria com a sociedade civil, tem implementado políticas públicas articuladas e transversais, com o objetivo de assegurar os direitos humanos dessa população.
Destacam-se, entre essas ações, as iniciativas do CPDD e do Centro Estadual Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa da Bahia (Cedap), que conta com um ambulatório exclusivo para o atendimento e acompanhamento de pessoas travestis, transexuais e não binárias. Este ambulatório dispõe de uma equipe multidisciplinar qualificada, composta por profissionais que asseguram um atendimento seguro e especializado, incluindo o acompanhamento no processo transexualizador.
Fonte: Ascom/SJDH