O Fenômeno Rosa da Barbie domina os cinemas e divide opiniões; confira

A equipe do Bahia 417 resolveu rondar os maiores shoppings da capital baiana durante o final de semana e conferir o fenômeno que está tomando conta das rodas de conversa em todas as classes sociais.

Na saída dos cinemas, após assistir aos filmes, os repórteres do Bahia 417 pediram relatos dos expectadores, que colocaram suas opiniões segundo seu ponto de vista, confira:

“Hoje fui assistir o filme da Barbie, mais por curiosidade que por desejo. Eu Queria entender o fenômeno que fazia com que as pessoas só falassem nisso, de que grande parte das mulheres e meninas passassem a serem vistas em tons de rosa…

Confesso que em muitos momentos achei infantil e chato, mas, no decorrer se revelou um filme interessante e bem psicológico, analisando o ser humano na sua versão macho e fêmea.

Pelo apresentado, vemos que a espécie ainda está bem perdida em seus papéis e ainda muito infantil  emocionalmente. E, mesmo depois de séculos, ainda temos as mesmas questões pela briga de poder e pela necessidade de comando; mas, a proposta final é interessante. Não é um filme para crianças, nem pensar. Mas, mesmo as pré adolescentes, possivelmente não irão entender as falas irônicas, nem as mensagens diretas ou  subliminares.

O que não pude deixar de observar ao sair do cinema e ver as enormes filas de crianças e mulheres  para as próximas sessões, foi a vestimenta cor de rosa. Em pensar que a Barbie a deixou de lado para adentrar ao mundo real no seu processo de maturidade… o que deve ter deixado a platéia desconfortável. Pensei em como o inconsciente coletivo é mesmo poderoso e a mídia utiliza desse conhecimento para fazer as massas agirem de acordo com suas vontades…

Sem saber, o público deu notoriedade ao filme em tamanho, talvez, não proporcional à seu desempenho.”

disse a odontóloga, Eliana Freitas.

“Quem diria que a célebre frase que abre o filme com nome de boneca iria grudar que nem chiclete na mente das pessoas e mais… Causar tanto alvoroço. Não só pelo número de pessoas que se viu de rosa durante a semana de estreia, mas principalmente,  pelos temas desenhados na trama. 

A boneca, normalmente associada a futilidades como roupas, brinquedos e maquiagens; protagoniza uma viagem que nos leva da constatação das marcas deixadas pelo patriarcado,  passando pela ditadura da beleza e dependência emocional,  até alcançar o poder do protagonismo feminino, autoestima, respeito às diferenças e necessidade de equilíbrio para boa convivência.  Os papéis parecem estar trocados no filme, já que os homens são tidos como “coadjuvantes” , mas percebemos como na vida real isto e normalizado e até imperceptível quando este “papel” é da mulher. Homens com a masculinidade frágil acharão um tédio. Uma pena! Perderão a oportunidade de refletir seu papel no mundo, e como as mulheres não são mais as mesmas. Crianças? Estas não entenderão ainda,  mas ficam  com o lado colorido, lúdico e principalmente com a sorte de,  tendo pais adultos, engajados  e humanos; aprenderem como o equilíbrio é necessário para felicidade de todos. Parabéns Barbie!”, afirma a Juíza de direito TJSE, Elaine Afra.

“O filme aborda temas do patriarcado. Machismo, feminismo, inclusão social e desqualificação da maternidade; e com isto vem trazendo as discussões destas questões em vários níveis. Até aí está tudo bem. O problema mesmo do filme é a linguagem subliminar da comunicação de massa, e do novo modelo que se deseja implantar na sociedade para as próximas gerações. 

O filme deixa claro que a mulher desce do salto e sai do rosa para um mundo dito como “real”. O mundo onde mulher e homem deixam de seguir a jornada  do herói/heroína que enfrenta desafios e dificuldades para conquistar o seu espaço. Para o mundo sobrenatural onde se consegue tudo sozinha usando o poder da mente, onde as relações de família e maternidade são enfraquecidas. A grande questão é, onde tudo isto vai nos levar? Temos que lembrar que a Barbie surgiu a serviço do feminismo e a sua desconstrução está a serviço de quê?” destaca a mãe, esposa e empresária, Adriana Lobo.

“O filme usou uma estratégia de marketing impecável, utilizando a memória afetiva do público feminino com a boneca, que há décadas faz sucesso entre crianças adultos e adolescentes. De repente tudo virou rosa e o mundo Barbie invadiu as redes sociais. Os shoppings, as conversas na roda de amigos, os grupos de WhatsApp, a TV, rádio…

Contratos publicitários milionários foram fechados. Influencers de diferentes áreas divulgando e criando conteúdo para a marca gratuitamente. 

Como profissional de marketing e empresária dá gosto de ver o sucesso de um planejamento bem feito. 

Quanto ao filme, foi uma experiência incrível. Recebi o convite para assistir uma sessão exclusiva do salvador shopping, e, de repente me vi procurando um look rosa para ir ver o filme com minha sobrinha de 11 anos. Algodão doce rosa, pipoca rosa, copo e balões da Barbie. Entramos na sala animadíssimas e o filme além da parte lúdica trouxe uma crítica ao sistema patriarcal que domina nossa sociedade e o empoderamento feminino.

Adorei viver a experiência completa!

I’m a Barbie Girl in a Barbie world”, nos contou Ivana Fadul, empresária e especialista em marketing.

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