Insônia, constipação, dor de cabeça, nas costas, azia, pontadas no coração… Esses são alguns dos sintomas negligenciados por boa parte da população brasileira. Mesmo quando percebidos com frequência no dia a dia, esses incômodos tendem a ser ignorados até um diagnóstico mais preocupante. De acordo com a pesquisa Saúde do Brasileiro, realizada em 2023, cerca de 55% dos brasileiros ignoram os sintomas iniciais, preferindo não tomar atitude para combater essas questões, como agendar consulta médica ou tomar remédios com prescrição. “Não estamos prestando atenção no que realmente importa”, declara o neurologista, especialista em medicina integrativa Italo Almeida.
Diretor da clínica Neuro Integrada, o médico destaca a importância do autocuidado para prevenir e evitar o agravamento de doenças. Diante de sintomas iniciais que se perdem na vida atribulada, a investigação é a atitude mais prudente. Buscar a origem dos desconfortos é uma atitude importante para quem quer ter saúde. “Às vezes, podemos achar que estamos bem, que não temos do que nos queixar mesmo sentindo uma dor de cabeça ou uma azia frequente, mas não fomos feitos para sofrer com esses desconfortos. Fomos projetados para nos sentir bem, cheios de vida e de energia. Muitos pacientes minimizam dores de cabeça, nas costas ou no estômago, cansaço e problemas no sistema digestivo, entendendo que são desconfortos que fazem parte da vida adulta, do estresse… Mas esse pensamento é um equívoco!”, reforça Almeida.
Todas as queixas simples são sinais de alerta para doenças que podem estar por vir em um futuro próximo. Os pequenos sinais ignorados ao longo do tempo podem se tornar problemas mais graves. A doença que mais mata – a doença cardíaca – pode ser evitada. A segunda doença que mais leva a óbito – o câncer – também pode ser evitada, desde que se aumentem as iniciativas a favor do autocuidado. “Todas essas doenças temidas e assustadoras, começam em estágios infamatórios iniciais. Nós as convidamos a entrar ou as impedimos. É libertador determinar quão saudável nós seremos. Tudo depende de como cuidamos de nossas forças vitais: nutrição, hidratação, oxigenação, alcalinização e desintoxicação”, lista o médico especialista em medicina do estilo de vida.
A expectativa de vida do brasileiro subiu para 76,4 anos, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o aumento da longevidade, os cuidados precisam ser redobrados para que, além de viver mais, as pessoas possam desfrutar de mais qualidade de vida. “É difícil envelhecer sem saúde e autonomia. A preservação das forças vitais do corpo é base de sustentação da saúde. Alimentação adequada, ingestão de água, prática de atividade física, sono regular e hábitos saudáveis, como meditação e práticas integrativas, aumentam a chance de uma vida longa e produtiva. Por outro lado, é possível ativar, por meio de escolhas inadequadas, a expressão de genes que podem causar doenças”, pontua o médico baseado nos estudos da epigenética.
A ciência que se dedica ao impacto do comportamento na saúde comprova que escolhas positivas no estilo de vida podem mudar o curso de doenças teoricamente pré-programadas por herança familiar. “Temos a opção de escolher e assumir o controle sobre muitos aspectos que influenciam nosso bem-estar, desde o que comemos, bebemos, a qualidade do sono, das relações de trabalho e pessoais e até os pensamentos que cultivamos”, acrescenta Almeida, lembrando que uma rotina sem excessos e de autopreservação são fatores importantes para definir saúde e qualidade de vida. “Se todos nós desejamos um corpo forte, mente serena e uma vida plena de saúde e vitalidade, é tempo de refletir e fazer novas escolhas”, conclui.
(06.12.2024)
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