A Região Metropolitana de Salvador apresentou um salto surpreendente no primeiro semestre de 2024, no comparado com o mesmo período do ano anterior, com crescimento de 559,9% em número de unidades lançadas, passando de 242 para 1.597 unidades. Esses números refletem o crescimento do Minha Casa Minha Vida e colocam a Região Metropolitana de Salvador em primeiro lugar no número de unidades lançadas no Nordeste, na frente da RM de Fortaleza e Recife. Os resultados foram apresentados na noite desta terça-feira (13) pela Brain Inteligência Estratégica, durante reunião realizada pela ADEMI-BA (Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia) para associados.
Em Salvador, embora tenha havido queda de um terço do número de unidades lançadas, o Valor Geral de Vendas (VGV) manteve estabilidade, com R$ 2,076 bilhões alcançados no primeiro semestre de 2024. O resultado demonstra uma grande valorização imobiliária na capital, com alta de 21% no valor do ticket médio dos imóveis vendidos no período. O ticket médio do valor de imóveis em Salvador é de R$ 541 mil, e na Região Metropolitana, R$ 392 mil.
Os bairros de Piatã (23%), Arraial do Retiro (11%), Barra (8,1%), Itapuã (6,9%), Rio Vermelho (5,3%), Jaguaribe (3,5%) e Pituba (2,8%) estão entre as regiões de Salvador que dominaram as vendas. A tipologia de dois dormitórios (71%) e as tipologias quarto e sala e studio (20%) foram as que tiveram mais unidades vendidas.
A disponibilidade de imóveis também foi analisada pela Brain Inteligência Estratégica. Salvador apresenta um número de unidades disponíveis muito baixo, com apenas 4084 unidades. “Esse é um nível histórico de baixa de estoque, um indicativo de que temos uma oferta saudável no mercado. Esse equilíbrio entre lançamentos e estoque tende a estimular novos empreendimentos nos próximos meses”, explica Fábio Araújo, CEO e analista da Brain.
Para Cláudio Cunha, presidente da ADEMI-BA, o segundo semestre será promissor para o mercado imobiliário baiano. “Estamos em um momento crucial, e as expectativas para os próximos meses são otimistas. Com mais oportunidades surgindo e uma demanda potencialmente crescente, é fundamental acompanhar as tendências e atender à expectativa e intenção de compra da sociedade”.