Os ministros do Trabalho, Luiz Marinho, e Fernando Haddad, da Fazenda, trocaram farpas em reunião nesta quinta-feira (27) com as centrais sindicais e com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ao tratar de proposta de valorização do salário mínimo das centrais, Haddad disse que não a conhecia, e então foi contestado por Marinho, que citou reuniões em que o tema foi abordado. Haddad disse que então não havia sido chamado para esses encontros, no que também foi refutado pelo colega de governo.
As centrais sindicais levaram ao governo uma proposta segundo a qual nos próximos três anos o salário mínimo seria reajustado em mais 2,4% ao ano, além da inflação do período medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e da variação do PIB (Produto Interno Bruno).
Esse índice adicional de 2,4% seria destinado à recuperação das perdas provocadas pela não aplicação da regra de reajuste entre 2020 e 2022, no governo Jair Bolsonaro (PL).
No encontro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que assinará medida provisória elevando o salário mínimo para R$ 1.320, e que atualmente não há espaço fiscal para elevá-lo para R$ 1.382,71, como têm reivindicado as centrais sindicais.
Marinho anunciou, após o encontro, a nova política para reajuste do salário mínimo, que será calculado com base na inflação do ano anterior e mais o PIB (Produto Interno Bruto) consolidado de dois anos antes.
Guilherme Seto/Folhapress