O Governo da Bahia levou para a Micareta de Feira de Santana a mesma tecnologia utilizada na maior festa de rua do planeta: o Carnaval de Salvador. Aberta nesta quinta-feira (20), com a presença do governador Jerônimo Rodrigues, do vice-governador Geraldo Júnior, secretários de Estado e outras autoridades, a folia conta com oito portais de abordagens, 50 câmeras – 20 delas de reconhecimento facial – além das já instaladas na cidade, e quase 7 mil profissionais, entre policiais militares, civis, técnicos e bombeiros militares. Somente em segurança pública, foram investidos mais de R$ 8 milhões.
O superintendente de Tecnologia da SSP, coronel Marcos Oliveira, explicou que os portais de abordagem serão supervisionados pela Superintendência de Telecomunicações, para verificar efetivamente, além da presença de criminosos, o grau de funcionamento da operação e a correção de posturas dos policiais. “Além disso, estamos trazendo para cá a tecnologia LTE, a mesma empregada em Salvador, que é a tecnologia de comunicação em banda larga e missão crítica para a Segurança Pública. Ela possibilita que o policial receba em tempo real os alertas vindos das capturas feitas pelas câmeras instaladas nos portais”.
O coronel destacou ainda que a Bahia é referência na segurança em grandes eventos. “No último Carnaval, fizemos 79 prisões com essa tecnologia, graças às melhorias implantadas pelo Governo do Estado. Estamos ampliando isso para o interior do estado. Já tivemos até agora mais de 780 pessoas capturadas e a tendência é fazer com que essa tecnologia seja mais interiorizada”.
O superintendente de Telecomunicações da SSP, major Moisés Travessa, explica a tecnologia LTE. “A ferramenta de comunicação entre a tecnologia e o homem é o rádio de comunicação, neste caso, o LTE. Uma tecnologia que oferece uma faixa exclusiva da Segurança Pública, criptografada, com a qual temos a certeza da qualidade da informação para o policial que está trabalhando na ponta”.
Quem precisa de segurança, como a vendedora ambulante Marcele Vieira, 46, apoia a tecnologia e a presença da polícia, especialmente para ela, que trabalha com dinheiro. “Três anos sem micareta e a expectativa é muito grande, para que todo mundo venda direitinho. Sem segurança, não podemos trabalhar nem o folião pode curtir. Quem faz a segurança é a Polícia Militar, mas a gente também tem que fazer a nossa parte”.
O garçom Anderson Santos, 23, uns dos primeiros a passar pelos portais de abordagem, parabenizou o trabalho. “Esse esquema de segurança feito pela Polícia, com a revista do folião, é muito importante. Faz a gente se sentir mais protegido”.