É preciso ter equilíbrio em tudo na vida. Nos empreendimentos, entre social, ambiental e econômico. No setor de energia há uma demonização de determinados segmentos, e um encantamento, um deslumbramento, com outros.
Irracional e insustentável. Transição (que o Brasil não precisa entrar nessa corrida de forma açodada, porque já fez tudo que os EUA e Europa precisam fazer) e renováveis não são palavras mágicas, nem salvação para as mudanças climáticas, muito menos para a humanidade.
Até mesmo porque, sem as fósseis, os elementos que compõe o carro elétrico e as renováveis sequer existiriam.
E os subsídios? O Brasileiro tem que pagar a conta, tem que financiar a transição, ou os investidores e, em especial, o primeiro mundo, em compensação à sua histórica e irremediável matriz suja, ainda mais quando se fala de carvão de florestas nativas ou de campos recentemente abertos?
Outro ponto: carro elétrico. Nos EUA e Europa vem de eletricidade de matriz fossel. Nem o carro e nem o ônibus. Não atende toda a demanda. As baterias? Vida útil? Descarte?
Enquanto isso não se vê tanta empolgação com nosso biocombustível (álcool e biodiesel). Nem com a energia que pode vir da extinção dos famigerados lixões e da coleta seletiva.
Transição e renováveis não são palavras mágicas e, se superestimadas, como estão, colocam em risco a segurança energética do país e do planeta. Não se pode descartar e muito menos demonizar, no Brasil as matrizes tradicionais, em especial a nuclear e o gás, seguras, abundantes, estratégicas, com impactos mitigáveis e com capacidade de plasmar a geração de tecnologia, inovação, justiça social e condições mínimas de vida digna, como já gerou no primeiro mundo.
Artigo/Por: Georges Humberto