Uma iguaria capaz de despertar os mais profundos desejos, desde a paixão até a rejeição: o chocolate. Esse alimento tem uma data oficial de comemoração, o Dia Mundial do Chocolate, celebrado em 7 de julho. Embora muitos pensem que ele deve ser excluído, na verdade ele pode fazer parte de uma alimentação equilibrada. Basta conhecê-lo e entender as melhores formas de utilizá-lo.
Existem muitos tipos de chocolate, cada um com uma composição diferente. O chocolate ao leite é o mais consumido, porém, há uma crescente demanda pelas versões meio amargo e amargo, com diferentes teores de cacau (50%, 60%, 70% e 80%). O chocolate branco, que por muitos não é considerado um chocolate por ser feito apenas da manteiga de cacau, também tem seu lugar cativo no coração de alguns consumidores. Além disso, foram desenvolvidas recentemente pela marca Callebaut as versões Gold, uma mistura de caramelo, e Ruby, produzida a partir de um tipo específico de cacau, com sabor mais frutado e coloração rosa.
O chocolate pode ser um alimento benéfico devido à sua composição rica em polifenóis, substâncias pertencentes ao grupo de flavonoides, que desempenham papel importante como antioxidantes, combatendo os radicais livres que promovem o envelhecimento e a morte celular. Além disso, atua como estimulante na produção de serotonina, um neurotransmissor responsável pelas sensações de prazer, humor e que ajuda no combate à angústia e ao estresse. O alimento também é rico em minerais, como zinco, selênio e magnésio, que ajudam na regulação de várias funções do organismo.
Além do consumo do chocolate puro, ele tem sido utilizado com sucesso como ingrediente em muitas receitas, especialmente na confeitaria, podendo ser base para recheios, coberturas, massas, sorvetes, entre outros. Outra utilidade que tem sido bastante explorada é seu uso como matéria-prima para esculturas artísticas, algumas de grande imponência, como as que podem ser visualizadas em algumas chocolaterias pelo país e que se tornaram populares nas redes sociais, como o TikTok. Outro destaque são os concursos de qualidade de chocolates, que estão cada vez mais valorizados e reconhecidos no Brasil, como o Prêmio “Bean to Bar Brasil”, que já realizou cinco edições, com o intuito de divulgar os produtos artesanais e promover a melhoria da qualidade dos chocolates por meio de feedbacks de jurados profissionais e consumidores.
No entanto, é preciso tomar cuidado com esse saboroso alimento. Ele não deve ser oferecido a crianças menores de dois anos, e o excesso pode levar a problemas estomacais e intestinais em idosos e pessoas com problemas digestivos, além de obesidade e outras doenças cardiovasculares. O recomendado é que a ingestão não ultrapasse 30g diárias. Para que ele seja benéfico
para a saúde, devem ser escolhidas versões com menor teor de açúcares e manteiga, visto que esses ingredientes podem apresentar características inflamatórias e trazer prejuízos. Por isso, é importante ler o rótulo do produto antes de fazer a escolha. Leia atentamente a lista de ingredientes e observe bem, pois os primeiros são os que estão em maior quantidade. Além disso, escolha as versões com menos ingredientes, provavelmente serão mais saudáveis.
E para aqueles que amam chocolate, mas possuem alguma restrição alimentar, como intolerância à lactose, diabetes e doença celíaca, existem as versões sem lactose, sem açúcar e sem glúten. A alfarroba também tem sido utilizada como um substituto interessante, pois tem sabor similar e é rica em fibras e vitaminas. No entanto, fique atento! O fato de serem especiais não faz deles alimentos mais saudáveis. Assim como todos os tipos de chocolate, consuma com moderação e sempre consulte um nutricionista para verificar se ele pode estar presente no seu dia a dia.
Por fim, vale ressaltar a crescente preocupação com a produção, desde o cultivo até o preparo, a industrialização e a distribuição do chocolate. O combate à exploração do trabalho humano nas grandes lavouras e produtoras, a minimização dos prejuízos ao meio ambiente e o uso cada vez maior de embalagens recicláveis ou menos poluentes, ou seja, a sustentabilidade em todas as etapas, precisam ser bandeiras erguidas e defendidas por todos os envolvidos. O alimento responsável por tanto prazer não pode ser símbolo de sofrimento e destruição.