Especialista aponta sinais de alerta do Alzheimer e indica cuidados para prevenir e tratar a doença
No Brasil, cerca de 1,2 milhão de pessoas sofrem com alguma demência. Segundo estimativas da Alzheimer’s Disease International, os números poderão chegar a 74,7 milhões em 2030. O diagnóstico, que está se tornando cada vez mais recorrente, é o grande medo de muitas pessoas ao redor do mundo que temem perder suas funções racionais e motoras, principalmente quando há predisposição genética. “A doença instala-se quando o processamento de certas proteínas do sistema nervoso central começa a dar errado. Surgem, então, fragmentos de proteínas tóxicas, dentro dos neurônios e nos espaços que existem entre eles. A doença é fruto desta toxicidade”, explica Italo Almeida, neurologista especialista em medicina integrativa.
A Doença de Alzheimer (DA) é um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal que se manifesta por deterioração cognitiva iniciando por distúrbio da memória e alterações comportamentais (sintomas neuropsiquiátricos), que podem evoluir até o comprometimento de atividades diárias. O médico, que é também diretor da clínica Neuro Integrada, explica que os sintomas da Doença de Alzheimer se apresentam gradativamente, já que a doença progride no decorrer dos anos. “Perda de memória sobre acontecimentos recentes, repetições na fala, irritabilidade, agressividade, perda de habilidade para dirigir e chegar até locais conhecidos são alguns sinais que podem se apresentar no início da evolução no paciente”, alerta Almeida. Nessa etapa inicial esses sintomas podem ser estabilizados e até revertidos com as orientações adequadas da Medicina do Estilo de Vida, como elevação dos níveis de vitamina D e B12, suplementação de magnésio, restrição de proteína animal, principalmente leite e derivados, carne vermelha e redução do consumo de álcool, prática de exercícios físicos e controle de estresse. “A epigenética comprova que os hábitos saudáveis podem superar a herança dos genes. As pessoas com predisposição para alguma doença, não só o Alzheimer, precisam tomar essa consciência e decidir cuidar da saúde o quanto antes”, recomenda o especialista.
Prevenção e cuidados integrativos
Manter o cérebro saudável e prevenir doenças como Alzheimer e outros tipos de demência exige uma abordagem multifacetada que envolve hábitos de vida saudáveis, nutrição adequada, controle de fatores de risco e estímulo mental contínuo. “Atividades mentais, como aprender um novo idioma ou ler livros com temas inusitados que ativem o raciocínio são muito recomendados”, destaca.
O diretor médico da Neuro Integrada lembra que o Alzheimer é uma doença que não afeta apenas o paciente, mas toda a família, que sofre ao acompanhar a perda de memória, raciocínio e autonomia do ente querido. “O processo de aceitação e os cuidados com um paciente de Alzheimer são extremamente desafiadores para a família. Lidar com a progressão da doença e a mudança de comportamento da pessoa amada é doloroso. Um processo que costuma ser marcado por sentimentos de negação, tristeza, frustração, estresse e, eventualmente, revolta. Para proporcionar o melhor cuidado possível e preservar a qualidade de vida do paciente e dos familiares, é necessário um suporte emocional sólido, orientação prática e adaptações no dia a dia”, recomenda.
Além das estratégias citadas, existem diversas ferramentas na medicina integrativa que contribuem para a prevenção, diagnóstico e tratamento do Alzheimer, como a meditação, Reiki, acupuntura, e a regulação da microbiota intestinal com dietas apropriadas para os pacientes e estímulo para o consumo de alimentos ricos em antioxidantes. “Para uma doença desconfortável que gera danos no paciente e em todo círculo familiar, o tratamento precisa ser integral com foco na melhora da qualidade de vida de todos”, conclui o diretor médico da Neuro Integrada.
(13.09.2024)
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